O Fim

Não me debulho por mais uma atitude alheia

nem me destrono pela indelicadeza mais dura

Não me orgulho ao saber que a alma permeia

nem semeia a cordialidade como forma de cura.

Se o meu coração se apagou diante do brilho

que formou todas as cegueiras da tua matéria

Sou um pai que percebeu a morte dum filho

e que absorveu o rebento através da filactéria.

Na unificação das dualidades eu me consagrei

pois as arenas de sangue e de loucura reneguei

Um sobrevivente dos sentimentos, sou meu rei

pelas brumas dos paradoxos jamais me apaguei.

Exalta que o início não se deu desta maneira

a altura das recomendações há muito se passou

O homem vive e revive diante de sua beira

enfim, ele se torna - no fim - aquilo que sonhou.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 17/06/2016
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