Nos Domínios do Pesadelo

Quando a penumbra comove minha percepção

Chamando-me as válvulas sinistras da sombra

A corrente elétrica do corpo aceita a abnegação

No íntimo, sentindo a torpeza que me lombra.

Sensação de todos os medos que se encontram

Diante da podridão e do desprezo que examino

Reconhece que a paz e o amor que amarguram

Dão cor a asa escarlate do fim do meu destino!

Não é surpresa que me vejo perto da falsidade

Porque correr é desnecessário ante a comatose

É o trajeto claudicante da própria insanidade

Até o pesadelo tem sua própria metamorfose.

Quando tudo parece já estar perdido de fato

Me vejo lançado, no meio de uma rasa cova

Na primeira pá de terra, acordo de imediato

Percebo enfim: É a insanidade que se renova.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 17/06/2016
Código do texto: T5669668
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