AREIAS

Me seca a garganta
A mesma que grita sem som 
O meu cego amor por ti

Minhas lágrimas escorrem áridas
Pela face assombradada
Meus olhos não têm mais brilho
As meninas no olhar vagam num deserto
Se arrastando pelas areias pálidas
Da esmaecida esperança que em mim insiste

Cada olhar que me diriges
São como tâmara suculenta
Diminuindo a minha sede de amor

Se me concedes um raro sorriso
Nasce um límpido oásis
No meu peito escuridão
Bebo ávida cada gota fria
Que acalma por horas
Meu doído coração

Nas areias há calor do Sol de dia
Só em meu ser há um frio sepulcral
Vivo em nuvens noturnas sozinha
Recolhendo os grãos que caem
Do cínico alforje de seus lábios
Ainda assim 
Te amo
Desesperadamente...


 
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 25/06/2016
Código do texto: T5678474
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