Amaldiçoado

Que vida fria me foi concebida

Tão caótica e farta de erros

Nem em acertos sendo afortunado

Fadado a sofrer em desterro

Minha primícia pueril obscura

Arrastou-me escuridão adentro

E sem saber por onde andava

Fiquei, onde agora me concentro

Esta alma que carrego, pesada

Está repleta de cicatrizes

E de feridas mal curadas

Sinto em meu âmago sua densidade

Como um buraco negro invencível

Tranformei-a numa divindade

Fiz desta alma o incompreensível

Na frieza desta vida

Na profundeza da escuridão

Foi gerado e absorvida

Nesta alma a minha maldição