Às vezes


Às vezes,

Quando abro os olhos sobre a tela,
Um ranço deixa tudo definido:
As mesmas rusgas de sempre,
As mesmas rugas nos Faces,
A palavra sempre à esquerda
Tentando chegar à direita.
 

Às vezes,
Quando os olhos passam sobre as linhas,
Elas cortam como cerol,
Despedaçando as minhas frases,
Partindo em mil pedaços
O verdadeiro sentido
De todas as mensagens.
 

Às vezes,
O mundo inteiro me cansa,
Então vou lá para fora; fecho os olhos,
Escuto os pássaros nos galhos,
E sinto o vento no rosto
Para trazer de volta o gosto
E matar o desgosto
De tanto esgoto.



 
 
 
 
 
 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 07/10/2016
Reeditado em 07/10/2016
Código do texto: T5784178
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