Condenada Pelo Desejo

O vento sussurra em meus ouvidos

O dever da insanidade aos recém condenados

Minha dor latejante por ser atraída

A angustia liberada por tantas mentiras

O suor de meus sofrimentos

Embriagada por tantos momentos

Uma guerra por mim esquecida

Ignorando o fato de ter sido vencida

Caminhando em meio à realidade

Nunca estarei pronta para a verdade

Do entanto ela lateja intensamente em meu coração

Escravizado por minha mente preenchida de escuridão

Uma perdição escondida em meus desejos

A sentença dada por apenas um beijo

Perdendo completamente minha salvação

Uma cura esvaecendo de minhas próprias mãos

Cedendo por fim ao meu querer

Em um único caminho a se escolher

O céu desenha minha vergonha pútrida

Lágrimas de angustia derramadas com minha ida

Que Deus tenha pena de minha alma fraca

Que o sol ilumine minha mente manchada

Dentre tantas paginas escrita

Jamais alguma palavra foi repetida

E a cada instante esvaecido

As rosas se secam perdendo todo o seu brilho

Fecho os olhos para o eterno sono

Libertando meu espírito sem encanto

Aprisionando-me por fim ao esquecimento

Já que dentro de mim não se vive mais um sentimento

Mariane Palpini Cuinto
Enviado por Mariane Palpini Cuinto em 10/03/2017
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