Somos todos uns nadas
Tudo acaba
Tudo que é bom
Tudo que é ruim.
O começo é igual ao fim
E não há o desconhecido
Para temer.
Somos todos uns nadas
Tentando preencher-se de alguma forma
Pois ninguém aceita ser nada.
Não lute
Seremos matérias deterioradas
Em túmulos de cimento.
Mas se querem no mundo
Tocar a grandeza
Fazer histórias
E marca-las em almas.
É a herança da ganância.
Mas não se levem pelo desespero
O verme decompositor da carne
É o mesmo.
Sendo o caixão de ouro
Ou de madeira.