Alceste, o ocultista de Vilnius (Canto V)

"La porte s'ouvrit donc, et on vit entrer un homme d'une taille colossale, soigneusement enveloppé d'un manteau tout couvert de neige."

(Eugène Sue, LATRÉAUMONT)

I

Penso que vejo um leitor a bocejar,

E que para longe está se retirando.

Posso também ouvi-lo a reclamar

À medida que vai de mim se distanciando:

"Esta história já torna-se muito maçante!

Quando acontecerá algo interessante?

Cansado estou de ler sobre os mexericos

De dois jovenzinhos e seus namoricos!

Parece que leio um romance barato

Cheio de cenas piegas e melosas

Feito para ingênuas damas suspirosas!

Não cumpriste, ó autor, com o seu trato;

Portanto, vinho nenhum eu lhe darei

E seu conto entediante não mais ouvirei."

II

Em homenagem a ti, leitor afobado,

Executarei uma ideia genial

Que deixará meu conto mais a teu agrado.

Às vezes, um embate entre o bem e o mal

Torna as coisas muito mais interessantes,

E ver estes dois extremos beligerantes

Dá à narrativa um picante sabor.

Peço então que vá voltando, caro senhor,

Pois agora esta história introduzirá

O mais cruel e desumano vilão;

Verdadeira efígie da depravação.

E então tu haverás de concordar

Que o canto anterior, na verdade,

Foi a calmaria precedendo a tempestade.

III

Assim sendo, um bom retrato pintarei

De meu vilão – e todos os horrores

Por ele cometidos descreverei

Com as mais vibrantes e vívidas cores.

Por Vilnius toda não existia

Uma única alma que bons olhos via

De Petras – tal era seu nome – a figura.

Obteve a fortuna por crueldade e usura

Sua família, naqueles dias já decadente

Pois séculos de libertinagem e festanças

Diminuíram-lhes grandemente as finanças.

Era ele então o único descendente

Daquele clã de bajorai tão odiado

Que seu nome, por pudor, nunca era falado.

IV

Nunca nada naquela família mudou;

Seus membros permaneceram sempre iguais.

Como se esperava, então, Petras herdou

Todos os maus costumes de seus ancestrais:

Era arrogante, vaidoso e putanheiro,

E gastava às mancheias o seu dinheiro

Com joias e outras bugigangas valiosas

E com orgias duradouras e luxuosas,

Da qual só a escória do lugar participava.

Não bastasse seu gênio hedonista e impiedoso,

A uma enorme morsa se assemelhava,

Já que era calvo e gordo em demasiado

E portava um espesso bigode desgrenhado.

V

Eis que, fatidicamente, num certo dia,

Seus olhos pequenos e aquosos botou

Na nossa adorada e bela Dalia,

E por seus encantos se apaixonou

(Ou ao menos esta era a impressão;

Amor não sentia aquele coração).

Frívolos presentes a ela dava

E com absurda frequência a visitava,

Só para ser prontamente rechaçado

Por ela e seu pai, cada vez mais enojados

Daquele homem e de seus modos afetados.

Finalmente cansou-se de ter fracassado

E de um dia para o outro sumira;

Por um bom tempo ninguém mais o vira.

VI

Mas a perversidade humana é incansável,

E nunca é verdadeiramente frustrada –

É até vista como algo aceitável

Se por alguém da nobreza é praticada

(Outra vez remeto-lhes a qualquer jornal

Se creem que isto atualmente não é mais normal).

Petras do olho público sumira

Não porque de seus atos se redimira,

Mas sim para maldades piores planejar –

E em seu imposto exílio, com efeito,

Havia pensado no crime perfeito

E agora era a hora de o consumar.

A mão em casamento de sua Dalia

Finalmente, por bem ou por mal, teria.

VII

Enquanto isso, por completo inconscientes

Do que aquele perverso homem lhes preparava,

Nosso herói e sua amada, alegres e inocentes,

Viviam de forma leve e despreocupada.

Num pacato e indolente dia,

A alvíssima neve em flocos caía,

Na janela do quarto de Alceste batendo

Enquanto deitado na cama estava lendo;

Dalia fazia-lhe companhia sentada

Quando ouviu alguém à sua porta bater.

"Pergunto-me quem poderia ser",

Pensou, com o barulho sobressaltada,

Mas no âmago de seu ser esperando

Que fosse seu pai ao lar retornando.

VIII

Sua esperança logo se dissipou

Quando a porta ela então abriu;

Seu rosto de nojo e pavor e crispou

Assim que finalmente discerniu

Quem era o inoportuno convidado –

Seu pretendente, tão feio e odiado,

Eclipsando-a em sua descomunal altura

E mais ainda em sua repulsiva gordura.

Envolto estava num manto negro e puído

Coberto de neve – até parecia

Um urso que no chão rolara todo o dia.

"Que bom estar de volta a meu lar querido

E ver que nele reside ainda

Meu coração, minha Dalia tão linda!"

IX

"Achei que para sempre havia se escondido

Nalgum maldito e longínquo lugar,

E de mim finalmente havia se esquecido!

O que foi que o compeliu a voltar?"

Renomado pela (falta de) educação,

Petras não esperou ganhar permissão

Para ir à casa da garota adentrando –

Apenas entrou e à mesa foi-se sentando.

"Já fiquei longe por tempo demais

E lhe digo, com toda a sinceridade,

Que de ti o dia todo sentia saudade,

Até que não pude suportá-la mais;

Teu belo rostinho precisava rever,

Senão julgo que acabaria por morrer."

X

"Que morresses seria-me preferível,

Assim nunca mais seria incomodada

Por este teu rosto inchado e horrível!

Por que não podes deixar-me sossegada?

Tanto tempo passou e o teu coração

Ainda não soube lidar com a rejeição?"

"Apenas rejeitas o meu amor

Porque não tens consciência de seu ardor –

Mas quando finalmente vieres a sabê-lo

Teu juízo finalmente mudará

E meu puro sentimento retribuirá.

Para ajudá-la agora darei-te um belo

Beijo para matar esta minha saudade.

Venha cá, ó minha encantadora beldade!"

XI

O imenso vilão então se levantou;

Em direção a Dalia foi avançando,

Que de seu odioso abraço se esquivou,

Fazendo com que ele acabasse tropeçando.

No chão da cozinha com um baque caiu,

E ante a cômica cena a moça sorriu.

Humilhado e com seu orgulho ferido,

Bradou Petras, rubro de tão enfurecido

Após pôr-se de pé, vagarosamente:

"Não vim até aqui para ser rejeitado,

E nem para ver-me sendo caçoado

Por uma garota simplória e insolente!

Agora mesmo deixarás-me beijar-te

Nem que para isto eu precise matar-te!"

XII

O braço da pobre garota segurou

E com grosseria para si a puxava.

De dor um lancinante grito ela soltou,

Pois a excessiva força a machucava.

Ouvindo aquele berro tão desesperado,

Alceste correu a seu socorro, apressado.

Ver aquele homem cruel e horroroso

Despertou seu vivaz sarcasmo venenoso,

E seguiu ele adiante para enfrentá-lo.

"Um grande e feio urso invade nosso lar

E muitos transtornos está a nos causar!

Acho melhor eu prontamente enxotá-lo,

Antes que deixe-me muito aborrecido

E acabe por mim gravemente ferido."

XIII

Ouvindo aquilo, Petras desviou sua atenção

A Alceste, e largando Dalia chorosa

E ferida, avançou em sua direção

De forma trôpega e vagarosa:

"Ora, ora! O que temos aqui?

Julgo que anteriormente nunca o vi;

Mas como sou cortês, antes de o trucidar,

À tua tosca figura irei me apresentar:

Chamo-me Petras e sou um bajorai –

O que quer dizer que tenho nobre ascendência,

E ofensas a meu grande nome e insolência

De plebeus estranhos não aceitarei.

Não metas-te onde não és chamado,

Ou és tu quem irás acabar machucado."

XIV

"Mesmo que fosses desta terra o rei

Ouvidos a ti jamais eu daria,

Tampouco ordens tuas eu acatarei.

Afaste-se agora mesmo de Dalia!".

Uma vassoura por perto Alceste viu;

Tomou-a e em direção a Petras a brandiu.

"Se quiseres brigar comigo, o concedo;

De ti não tenho a menor gota de medo.

Sejas tu parte da nobreza ou não,

Alguém uma lição deve lhe ensinar

Sobre o modo certo de uma dama tratar.

Agora, o que vai ser, seu grande paspalhão?

Ficarás aí parado, me encarando,

Ou ao teu buraco voltarás rastejando?"

XV

Com tanto ódio Petras o encarou

Que quase pareceu que o ia matar.

Mas a todos no recinto chocou

Quando de repente pôs-se a gargalhar:

"Você é um rapaz bastante engraçado!

Nunca antes tinha assim gargalhado.

Por ter feito, por ora, a minha alegria,

Deixarei-o viver por mais este dia –

Portanto, aproveite cada segundo!

Alguma outra hora o encontrarei

E detalhadamente lhe explicarei

O que acontece com todo mundo

Que entre assuntos privados meus se põe

E à minha soberana vontade se opõe.

XVI

"E quanto a ti, ó minha querida,

Por ti, brevemente, eu voltarei;

Jamais por mim tu serás esquecida.

Os encantos deste tolo quebrarei

E após botá-lo em seu devido lugar,

Finalmente então iremos nos casar

E eternamente minha serás com efeito –

Coisa que desde muito já eras por direito!"

Dito isto, Petras, correndo, fugiu

O mais rápido que a gordura o permitia.

Alceste foi em socorro de Dalia

E com gentileza a acudiu.

Ainda chorando, com força ela o abraçou,

E ele, para consolá-la, a beijou.

XVII

"Aquele idiota a machucou demais?",

Alceste com delicadeza perguntou.

"Não... Não fez-me ele nada de mais;

Apenas meu braço com força pressionou."

"Mas afinal quem era aquele bobalhão

Sem qualquer decência ou educação

Que pensa ter o direito de invadir

Propriedades alheias, e os outros ferir?"

Dalia respirou fundo antes de responder:

"Uma horrível figura do meu passado;

Um vilão que julgava morto e enterrado.

Petras, o bajorai, veio a conhecer –

Desde que ele apaixonou-se por mim

Apenas trouxe-me tormentos sem fim."

XVIII

"Pois se novamente aqui ele aparecer

E outros transtornos a nós causar,

Comigo num duelo haverá de se ver;

Todo aquele que minha donzela insultar

Conhecerá o feroz golpe certeiro

Da espada de Alceste, o cavaleiro!"

Ante o gracejo, Dalia sorriu:

"Realmente, tal espada nunca se viu

Desde Excalibur por Artur empunhada –

Talvez a tua até ele preferisse

Se durante suas jornadas ele a visse!

Por ter protegido-me, muito obrigada;

Mas acautele-se – ele, com toda a certeza,

Voltará para fazer outra malvadeza."

XIX

Depois de terem assim se acalmado,

Um rápido beijo os dois trocaram

E então Alceste por Dalia ajudado

De arrumar o lugar se certificaram.

Tendo limpado a casa e a mente,

Retornaram ao seu passatempo indolente,

Mas nenhum dos dois à hora desconfiaria

Do quão correta estava Dalia:

De volta à sua imensa e decadente mansão,

Petras de comes e bebes se empanturrava

Enquanto outro maligno plano formulava –

Sorriu com maligna satisfação

Após ter uma ideia aceitável;

Deu então uma gargalhada desagradável.

XX

Um novo dia havia raiado,

E estava tão bonito e formidável

Que Alceste julgou apropriado

Dar um longo passeio agradável

Pela cidade. De Dalia se despediu

E alegremente pelas ruas saiu;

Uma canção simplista assoviava

Enquanto despreocupadamente andava.

De repente com o Neris se deparou,

E às suas margens sentou-se para descansar;

Então veio ele a se recordar

Do quanto a sua vida mudou

Depois que há tanto tempo aquele rio cruzara

E um lar – e o amor – então encontrara.

XXI

Absorto em seu nostálgico devaneio,

Só quando já era tarde demais reparou

Que na cabeça fora acertado em cheio

Por algo, e nocauteado desmaiou.

Petras soltou um grito exultante,

Pois em seu plano se saíra triunfante –

Seguira Alceste por sua caminhada inteira

De forma covardemente sorrateira,

E esperando até que ficasse distraído

Golpeou-lhe a cabeça com precisão

Com o auxílio de um imenso bastão.

Depois de suficientemente ter-se rido

E nosso herói com cordas ter amarrado,

Levou-o embora em seus braços carregado.

XXII

Em casa, ansiosa, Dalia esperava

Pelo retorno de seu Alceste querido:

Muito atrasado ele estava.

"Alguma coisa deve ter-lhe acontecido!",

Pensava ela triste e agitada.

"Que a vida de meu amado seja guardada

Por São Cristóvão diligente e gentil,

E que esteja ele a salvo e sadio!"

Felizmente, esvaiu-se sua inquietação

Quando ouviu à sua porta alguém bater;

E foi quase correndo a atender.

Ao abri-la deu um sorriso brincalhão:

"Fiquei tanto tempo por ti esperando!

Escondido com outra estavas namorando?"

XXIII

O sorriso em seus lábios logo feneceu

E a uma expressão de fúria deu lugar

Quando, ao examinar melhor, percebeu

Que com Petras estava a falar.

"Jamais cometeria tal traição;

Pertence a ti somente meu coração",

Respondeu-lhe o vilão num tom açucarado

(E quase caricato de tão forçado).

"Oh! Homem incansável e terrível!",

Dalia gritou, de ódio a tremer

E quase sentindo-se desfalecer.

"Até quando continuarás incorrigível

E trazendo a mim e ao meu lar o mal?

Quando sumirás de uma vez, afinal?"

XXIV

"Ora! Mas que hostil recepção!

Se queres que vá-me embora, eu vou –

Mas ficarás sem teu presente então,

Que é tão lindo e muito caro me custou!"

"Ótimo! Leve-o também com você;

Se vem de ti, sabes que não vou o querer."

"Talvez teu posicionamento mudasse

Se com teus próprios olhos o contemplasse.

Lá adiante meu cavalo está parado –

Tenha a gentileza de me acompanhar

E verás algo que muito irá lhe agradar!",

Replicou Petras, com um sorriso malvado.

Sem outra opção Dalia se viu,

E então, desgostosa, o seguiu.

XXV

No cavalo do vilão, carregado

De forma precária e negligente,

Estava nosso pobre herói, amarrado

E ainda dormindo inconsciente.

Tal visão deixou Dalia transtornada

E pôs-se a gritar ela, desesperada:

"Demônio de coração endurecido!

O que foi que fizeste com meu querido?"

"Lhe garanto que não deves se preocupar;

Deste imbecil a vida não tirei,

Apenas para dormir o coloquei.

Mas isto ainda pode mudar

Se não ouvires a minha proposição

Com o máximo de tua atenção.

XXVI

"Vem pesando-me em minha consciência

Um enorme medo de vir a te perder,

Pois vejo que agora tenho concorrência!

Assim sendo, eis o que decidi fazer:

Não gosto nada de ser apressado

E com muito esmero havia planejado

A cerimônia em que nos casaríamos

E como marido e mulher nos uniríamos,

Mas ante esta ameaça crescente

Vejo que as coisas devo acelerar

E da linda cerimônia abdicar –

Ainda assim, peço-lhe humildemente:

Consumemos finalmente nossa união!

Nada alegraria mais meu coração."

XXVII

"A sanidade deve-lhe ter escapado

Se achas que com isto consentirei!"

"És tu quem sabes, mas de teu amado

Então a vida prontamente tirarei."

Uma adaga de seu cinto desembainhou

E ao pescoço de Alceste a apontou.

"Se meu pedido vieres a rejeitar,

Como a um frango este idiota irei degolar –

Nunca mais haverás, então, de me ver,

Mas dele todo dia sentirás saudade

Até que definhe de infelicidade.

Porém, se a meus desejos aquiescer,

Soltarei-o, e a vida haverei de poupar-lhe,

Mas não poderás mais vê-lo, ou falar-lhe.

XXVIII

"E se uma só vida não é o bastante,

Gostaria que tu ficasses sabendo

De algo, no mínimo, interessante

Que, por distração, acabei me esquecendo

Até este mesmíssimo momento.

Havia chegado ao meu conhecimento

Que o velho Martynas teu pai tinha sumido –

Comigo o tempo todo estava ele escondido!

Quando menos esperava eu o sequestrei

E em minha casa está trancafiado,

Definhando tal qual um mendigo esfaimado!

Só Deus sabe o quanto eu esperei

Para que meu plano atingisse a perfeição

E, assim, lhe fizesse tal revelação!

XXIX

"Agora que de tudo estás a par,

Deves fazer a tua decisão.

Tome o tempo necessário para pensar,

E faça o que lhe diz o coração,

Mas uma boa escolha deves fazer

Ou senão acabarás por te arrepender."

Ante tal revelação inesperada,

Dalia sentiu-se zonza e nauseada:

"Logo deveria ter desconfiado

Que havia uma mancha do dedo teu

Por trás de tamanha covardia cruel!

Oh, meu pai! Meu pai tão amado!

Nem imagino o que ele andou passando

Sob seu domínio, diabo execrando!"

XXX

Sentindo suas forças lhe escapando,

Fraquejaram-lhe as pernas e se ajoelhou.

Com a voz embargada e soluçando,

Cheia de desprezo a Petras proclamou:

"Conseguiste, ó demônio, aquilo que queria;

Privaste-me de toda a minha alegria,

E como para isto não há mais jeito

A tua repugnante mão eu aceito –

Mas certo estejas que, por toda a minha vida,

Farei-te recordar eternamente

Que arruinaste a vida de uma inocente.

Em matrimônio a ti estou prometida,

Mas tua palavra à risca vais cumprir:

Meu amado e meu pai em paz devem ir."

XXXI

"Garanto-lhe, futura esposa amada,

Que minha promessa irá se cumprir.

Minha palavra é inquestionável e honrada,

E a ti jamais poderia mentir.

Mas por ora aguarde! Não nos apressemos!

Não os soltarei até que nos casemos –

A cerimônia se sucederá

Amanhã de manhã, quando o Sol raiar.

Até lá, em minha casa vais alojar-te:

Não só como uma mera precaução

De que não cometas nenhuma traição,

Como também para que eu possa arrumar-te

Para que sejas uma noiva deslumbrante,

Digna de ser chamada minha amante!"

XXXII

"Ah! Estou para sempre maculada!

Minha mãe, se do Céu podes tu me ver,

Compadeça-te de tua filha desgraçada,

E por ela venha a interceder!

Dê-me forças para que eu possa suportar

Qualquer injúria que me venha a causar

Esta união profana e desonrosa

Com tal figura tão ignominiosa!",

Dalia, olhando para o céu, orou.

A alma conspurcada pela tristeza

E sentindo-se privada de sua pureza,

No cavalo de Petras ela montou,

E o vilão, de maligno êxtase gargalhando,

Até sua mansão seguiu cavalgando.

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 02/04/2018
Reeditado em 11/05/2018
Código do texto: T6297283
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.