Um Tempo Atordoado
Mergulhamos profundamente na paixão
Um sentimento vil e em vão
Transtornada pela doce loucura
Um mundo visto de forma mútua
Em mares agitados entreguei minha alma
Banhada pelo maravilhoso vinho seco
Embriagada por puro e total desespero
Em meu rosto não há mais expressão
Preenchido de espinhos se encontra o meu coração
Ao menos a melodia soa em voz alta
As ruas voltam a ficar desertas
Os pássaros cantam despertos
A solidão brilha em pleno auge
Meus olhos clamam para que eu me afaste
Mas o vicio enche os pulmões de saudade
Em devaneios assombro minha própria sorte
Em guerras internas fujo apenas da morte
Os raios solares queimam toda a esperança
Minha essência se ergue em chamas
Veja o céu e contemple as estrelas
Rasgue o véu e aceite sua doença
A cada momento suas lagrimas queimam
A cada instante as colheitas se secam
E ainda continuamos sem enxergar
Mas hoje irei rezar por nós
Hoje irei desistir por nós
Apagaremos uma história que nunca existiu
Encontraremos um caminho ainda não explorado
Fingiremos mais uma vez uma vida nova