Tempos de sombras
Sinto o leve frescor da noite,
Ainda resta um pouco de anseio,
De encontrar além da montanha,
O dissipar da manhã,
Muito além do meu limite.
Encontrei o tormento insuportável,
No meu corpo inabitável,
Longe minha loucura cresce,
Escuridão e desilusão,
Na madrugada floresce.
Encaramos o medo da morte,
O cheiro fétido do medo,
A vida dividida em pequenos recortes,
Encontramos partes mortas de nós mesmos.
Longe minha metade foi embora,
Procurar alguma realidade encantadora,
Somos ofuscados por memórias obscuras,
Alma que vive em constante tortura.
Silêncio toma conta do meu ser,
Profundo terror do vazio,
Imunda meu coração no virar da noite,
Vagando na madrugada rumo ao alvorecer.
Autor: Arthur Alves De Oliveira