SOB O AROMA FUNESTO DOS SEPULCROS

Sob o aroma funesto dos sepulcros

Muitas flores exalando o odor mortal

Entre as rosas muitas orquídeas ainda viçam

E as margaridas se contraem desnutridas

Nossas almas se encontram sente o amor

Num ambiente onde muitos se encerram

Mas certamente chegaremos ao coito

E quem nos dera uma nova vida aqui comece

Vemos nos túmulos epitáfios irreverentes

Que nos inspiram nomes para o nosso herdeiro

Que por ventura hoje nos seja concedido

Em um orgasmo simultânea e intenso

Com os gemidos que nos dão veracidade

Sem uma cama neste ambiente exótico

Nos amaremos sobre a relva do gramado

E este coito constará das nossas memórias

E vez por outras voltaremos a celebrarmos

Esta ousadia que a muitos incomodam

Mas para nós este desejo é pacificado

Que os defuntos nos assistem em nosso gozo

E o nosso amor seja de fato consagrado.

Boa noite Luamor, diante da intensidade dos vossos versos góticos, mesmo ciente de não ser portador da mesma potencialidade neste modelo poético me atrevi fazer uma modesta interação. MJ.

PUBLICADA NO FACE EM, 29/06/209

LUSO POEMAS EM 04/07/2019