Chaves Enoquianas

Mestres da areia

Mestres do vento

Tramas tempestuosas em teia

Olhos fustigantes no firmamento

Eis a verdadeira entidade

Eis a única identidade

Vêm a mim as chaves enoquianas

Caim... elementares libações humanas...

Caim... o transbordar do excelso cálice

Caim... doce entorpecer em pleno ápice

Expelir-se toda a ira que rasteja!

Embeber-se no orgulho que festeja!

Sob a poeira a sufocar os crucificados

Sob o luar, a marcha dos santificados

O sopro do tempo, a lágrima dos lamentos

Poço profundo, odor de secretos sentimentos

Eras abissais, brilho do desamor

Frios olhos do corvo, garras de pura dor

Auroras de orfandade, culpa, solidão

Raios que ora vazam ódio, medo, escuridão

Matar! Roubar! Impera a nova lei

Tambores a ribombar! Frenesi de Morgana le Fay

Mesmo falando a língua dos imortais,

Chaves tais não mudam destinos fatais!

Isaque
Enviado por Isaque em 29/06/2019
Reeditado em 26/07/2019
Código do texto: T6684719
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