Infelizmente … Lixo

Ninfas balbuciando burlescamente
os silêncios das noites,
iluminando as orgias
festejando o corpo na cama,
sem importar pelo desconhecido
despido no leito, escondido no amanhã.
Donzela do extra canto,
do canto da vila,
da beira de cama.
No toque supremo, arde em chama,
inflama a ausência
denunciando o perfume,
queimando o hálito,
repetindo no hábito
aquele velho ciúme,
cartão furado do prazer,
níquel comprado
fora do baralho,
carta marcada no jogo dobrado,
no ciclo do vício,
na roleta sem sorte.
Importa a hora,
a sombra que chega
no afeto que passa de mão em mão,
enquanto já há um traço do tempo
completando a rebeldia.
E no contra canto do crepúsculo,
a palavra tardia
no espirar dos segredos desvendados,
nas verdades estampadas no rosto.