O Labirinto da Vida

Era uma alma orgulhosamente manipulada

Lutando com uma mente indisciplinada

O tempo carrega consigo um ramalhete de flores

Um vermelho escarlate se mistura entre as cores

Esparramando pelo mármore incandescente

O sol já não possui mais seu brilho ardente

A cavalaria do próprio inferno a me buscar

O que me faz, por fim, regozijar

Quantas noites eu simplesmente implorei?

Quantas vezes me decepcionei?

Assim eu me arrastava pelas estradas perdidas

Em tempos como esse sem nem mesmo um guia

Se alimentando com histórias supérfluas

Me cobrindo com o manto de juras pérfidas

Mesmo que em meu profundo saber eu os via

Mesmo que em meus sonhos eu os ouvia

É como se a escuridão fosse uma velha amiga

Triste, solitária e mal compreendida

Novamente o tempo destranca meu coração

Ignorando outra vez a doce e esperada ilusão

Do amor singelo e fraternal

Destruído pelo veneno amargo e mortal

Olhos carregados de segredos

Um sorriso despejando seus desejos

O grande labirinto incompleto da vida

Se perdendo para sempre a procura de uma saída

Contaminando-se com o mesmo ciclo vicioso

Inalando as sombras de caminhos tortuosos

Se apegue ao resquício de dignidade

Jogue fora sua máscara da vaidade

Entregue-se de braços abertos para as estrelas

E não permita mais que eles se esqueçam

Em seus ombros o fardo é pesado

Consequência de escolhas que fez ao acaso

Contudo, seus olhos ainda refletem a esperança

O combustível infalível dessa eterna dança

Mariane Palpini Cuinto
Enviado por Mariane Palpini Cuinto em 31/08/2020
Código do texto: T7051453
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