Quando eu morri...

Enquanto caio nesse abismo silente e funesto

Desprovido de esperança ou alento

Despejo ao vento as palavras deste texto

Regadas de tristeza abundantes de sofrimento

Vivi minha vida como um tolo infantil

Segui os passos errados em estradas escuras

Persegui meus desejos com gana febril

E engoli a seco da vida as agruras

Amei a quem quis me amar e odiei também

Por vezes mordi mais do que podia mastigar

Daquilo que esperavam de mim fiquei aquém

Mas a expectativa fere quem insiste em confiar

E vi flores no caminho enquanto as pedras feriam meus pés

Senti o perfume da rosa sem ligar para o espinho

E hoje neste mórbido dia questiono-me; quem tu és ?

E sem resposta calo-me e morro sozinho!

Dan Pérignon
Enviado por Dan Pérignon em 13/09/2020
Código do texto: T7062423
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