Meu próprio desejo

O ar denso domina todos os meus sentidos

Quem foi que lhe deu o controle de meu destino?

A audácia de uma profecia caluniosa

Contos carregados com um mar de rosas

Minha mente jamais será subjugada

Meu coração não se envolve em qualquer enrascada

Em meus seios escorre o puro veneno

Em meus olhos carrego todo o meu desprezo

O tempo assopra em pura agonia

Uma noite totalmente carregada de histeria

No fundo meu conforto sempre foi saber a verdade

Pode engolir a seco toda a sua vaidade

Mesmo que seus gritos sejam perfurantes

Prefiro a companhia da solidão constante

Não existe qualquer tipo de negociação

Não tente me convencer de sua razão

Minha essência não permite ser dominada

Minha história é cheia de contos de fadas

A cada pressão sofrida

Alimenta toda minha raiva contida

Quando é que entenderás que nada me impedirá

Até quando irei dizer que não adianta me segurar

Minhas asas querem alçar voo novamente

Uma decisão de minha própria mente

Não há poesia que me convença

Não há cortesia que me prenda

Não há sequer mais amor

Há apenas o desejo do meu interior

Mariane Palpini Cuinto
Enviado por Mariane Palpini Cuinto em 07/12/2020
Reeditado em 07/12/2020
Código do texto: T7129418
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