O salteador de rosas ...

Eis surjo a mandíbula,

Os espinhos nas unhas

Que empunha ferida

A rosa ferina

Minha mão torta e ossuda

À campa subida

Pétala após pétala

O alçapão de costelas

Agarra àquelas

Vermelhas, carnudas

E nos dedos que esfolo

Aos secos ossos

Às quais se me muda

De orvalho e madrugada

Sua seda em lodo

E em sede de olor

Pois o meu olhar choroso

Pântanos selou ...

Christopher Bennett
Enviado por Christopher Bennett em 13/04/2021
Reeditado em 25/02/2024
Código do texto: T7231264
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