O dia que a minha morte morreu

Quem sabe eu acabe partindo

Antes de morar os meus olhos em seus olhos

E todos os versos expelidos pelos poros da minha alma

Sejam sementes que um dia irão germinar e florir

Não sei se será no seu coração

Mas eu não quero que tenham o mesmo fim

E só Deus sabe a medida do que eu estou sentido nesse exato momento

Quantas faces da lua e quantos raios do sol

Brilharam nas frestas dos meus ferimentos

Quando eu tentei te esquecer

E fui golpeada entre as vértebras para voltar atrás

Eis o meu sangue escorrendo pela terra nervosa

Eis a minha agonia vestida de preto cruzando o meu caminho

Eis todas as minhas dores internas e externas

Que eu quero que não passe

Do dia que a morte morreu