Escravo do cupido

Corre um louco, à minha frente, alucinado
Em desespero, vai afoito e aos tropeções
Sem equilíbrio e a me causar decepções
Segue surdo, cego, insano e desvairado.

Sua alma livre desafia a qualquer regra...
Nunca ouve meus apelos, esse maluco.
Escorrega mas sou eu que me machuco
Quando vacila minha paz se desintegra.

Não tem juízo e nem senso de sobrosso
Sua coragem é mãe da tola impaciência
Filha de Caos, gesta a pura imprudência
Se fica à solta me leva ao fundo do poço.

A mente carente é, de Tártaro, prisioneira
Segue a mercê do tolo Amor e de Loucura
E onde ele julga vislumbrar parca ternura
Se hipnotiza, perde o rumo e faz besteira...

Talvez seja um típico caso de denúncia
E de prenderem o meu EU ensandecido
Que alvejado pelas flechas dum Cupido,
Virou escravo e à razão já fez renúncia...

Adriribeiro/@adri.poesias
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 16/09/2021
Reeditado em 17/09/2021
Código do texto: T7343815
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