Noites Mortais

Na profundez da noite escura

Perece o morto carneado

Expressa na face a paúra

E expele o olor devorado

Notas abissais noctâmbulas

Prevalecem àquela sinfonia

Destoa em cítaras lânguidas

O olhar fixo em catatonia

O vampiro lá se despede

Jeremiado por sua comida

Lanceta flébil, da vida plebe

Da matéria pútrida corroída

Uma tormentória cai jazida

No útero d´alma caída

Da bruma alva empalidecida

Sucumbe a dúctil melodia

E ali finda a mordedura eternecida

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 03/02/2022
Reeditado em 03/02/2022
Código do texto: T7443731
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