Arquitetura da Melancolia

No útero febril de meus neurônios

Recita uma lúgubre sinfonia

Lumes d´estampidos afônicos

Insalubre paz, mera catatonia

Fiandeira de cinéreas catacumbas

Tece tua teia assaz feminil

Polidas em odes taciturnas

Sussurra algoz à mia dor varonil

Grasna a um corvo flamejante

Ecoa odes inquietas e aflitas

Abismo de lamúrias sobejantes

Transmutação de notas em cítaras

Uma arquitetura nímia bacante

Reina ao nectário das almas sombrias

Enleia a mente numa trama errante

São os amplexos, dessa fria melodia

E assim se constrói a branda melancolia

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 07/02/2022
Código do texto: T7446837
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