A inefável retórica das sombras

Jazido no negrume féretro d´âmago

Ouço aos galopes o paladino a chegar

Mascarado, reintegra aos meus flancos

Força incitada ao meu orbe s´anelar

Navego empírico à lutuosa melancolia

Essa, a despetalar em obscuras rosáceas

Palavras dissecam a morbidez sombria

Em melífluos tons às regras contrárias

Me entrego então ao séquito das sombras

Que disseminam as correntezas de mim

Espalham ao relento todas mias sobras

Reconfiguram as moléculas carmesins

Recebido aos pálios à corte dimensional

Meu espírito se irrora em gloriosa alvura

Um tratado oriundo da entranha sideral

Prazenteira realidade, vide a uma escultura

E no descompasso de meu futuro magistral

Honrado por mias lutas nímias eternais

Damejo ao meu Eu, guerreiro maioral

Aos sussurros e bramidos, assaz guturais

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 31/03/2022
Reeditado em 31/03/2022
Código do texto: T7484856
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