Reino etéreo

Leve como a pluma

Tirada das asas de

Um anjo caído,

Sinto no coração,

Arrancado do peito,

A alegria de ver,

Sobre um trono vazio,

Este reino etéreo que

Vivemos, torpes

Pela dor, nestes dias,

Sombrios tempos,

Vendo a vida

Ceifando-se célere

Entre as paredes escuras

Sob esse negro firmamento

Que testemunha, dormente,

A caminhada, já no fim,

De uma praga que,

Reinante, espalhou

O caos em nossas almas.

Lúgubre noite,

Que caminha, doce,

Ao amanhecer, vemos,

Como que saindo

De nosso sono,

Esse reino etéreo

Soltar seus últimos suspiros,

Caindo, retumbante,

Permitindo o despertar

De mais um ciclo,

De uma era, em que,

Despertando de um

Sonho ruim, levanto,

Recolhendo de meu leito

As sobras de uma angústia,

Agora morta,

Que me impele a viver

Este novo dia ao

Me deixar ver um novo

Nascer do Sol, lançando

Uma nova esperança

Em seus raios

A me abraçar com

A doçura de uma nova

Vida a nascer em nossa alma.

Mike Yagami Black
Enviado por Mike Yagami Black em 25/06/2022
Código do texto: T7545223
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