†...Gélida Invernia...†

Despenca gélido o meu arrebol

Chega-se a lua e vai-se o sol

Gotículas carmins ornam mia face

Escorrem na tez, negrume nuance

Lufadas espasmódicas lambuzam

Ardem vergastando, macambúzias

Mia derme pilosa sangra letífera

Inconho maioral da morte ígnea

Mias falanges fremem acaveiradas

Sobre a respiração assaz ofegada

Num sopro letal, da morte esquálida

Mias vísceras se contraem, frias máculas

Pela frieza invernal de meu jazer

A flora cá arde ao toque sombrio

Plange aos ósculos gélidos do sofrer

Dilatam as pupilas, mortífero brilho

A madrugada vil em mim destrói

Aos cântaros, o praguedo corrói

E assim, num lamento desventurado

Incauto, ao frio arrebol permaneço, desgovernado

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 30/06/2022
Código do texto: T7549115
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