‡..Invernia Sombria...‡

Os frutos mortos despencam de mi´árvore

Enegrecidos adornam ess´alma que plange

Rosas espinhentas lancetam meu cerne

N´algum enxovedo de matizes magentas

O céu enroxado pela penumbra lastima

Que aos ósculos, o sangue toca a mia tez

Carmim escorre de meus olhos gotículas

Nectários choros, lambuzam d´uma vez

O coro dos corvos grasnando em meu ser

Proferem o hino de louvor à sofreguidão

Bramidos sibilantes ferem o alvorecer

E nostálgico caminho à fria lamentação

A invernia negrume despenca

Do alto das torres de meu coração

Luzindo as malditas labaredas

Expelindo a pérfida lassidão

Seco agora as rosas de meu jardim

Perpetuo a falta olorosa de meu cheiro

Exalando a morte de meu jasmim

Caído num distópico aconchego

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 05/07/2022
Reeditado em 05/07/2022
Código do texto: T7552820
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