Visões Celestinas

Eis que no céu nevoento, enluarado,

Graciosos vultos por lá povoam!

Céu noturno, nebuloso, paramentado,

Vultos angélicos, por lá revoam...

Com harmonia singela, mas graciosa,

Desce à terra, uma visão inusitada!

Alva como a neve, branca, misteriosa,

Só pode ser divina, celeste, imaculada...

Mas, quem és tu, ó vulto misterioso?

És do Céu, do Cristo, doutra esfera?

(Talvez meu anjo, silente e amoroso...)

Quem sabe Deus, senão a minha sorte?

A nossa consolação, o ideal das almas,

Talvez a glória, quem sabe a boa morte!