As amigas

No topo do morro duas mulheres. Abraçando as pernas dobradas, queixo nos joelhos, a primeira. A outra apóia-se em um dos quadris, seios fartos sob a veste solta. O vento voa cabelos enquanto, lavadeiras, lavam a fala do mundo – filhos, mães, amantes, a casa – gestos do arcaico feminino.

Com seu par de olhos pardos a vida é um prato. As mulheres, as parteiras do tempo perdulário.