Um vulto no cais.
UM VULTO NO CAIS.
E surge um vulto na noite.
Por entre trastes e ratos.
Vagões, baratas guindastes.
E a noite fria no rosto.
O corpo quente do álcool.
O ventre ardendo do ato.
E passos lentos e tortos.
Em direção ao seu barco.
O pensamento no vácuo.
Exala cigarro e gim.
Seu corpo cansado, torpe.
Já sonha com seu camarim.
E sonha; lá fora porem...
O longo apito do trem.
O traz por entre os trastes,
Vagões, ratos, gindastes.