A noite, o dia e os sonhos


A pele azulda do céu se estica
na manhã embriagada de encantos noturnos
regada por águas que correm da bica
e cobrem a terra com lençóis diurnos

Tal qual moça preguiçosa a pestanejar na rede
se abre a alvejada manhã saciando sua sede
os dedos abrasivos do sol que cintila
tingem de dourado o dia que floresce
recolhem do chão as águas do pranto em fila
iluminam em tons de fogo tudo que amanhece

É dia declarado, a noite expirou
os sonhos são as sobras de vida
do que o manto de estrelas levou


* imagem do Google

* http://ursulaavner.blogspot.com


Úrsula Avner
Enviado por Úrsula Avner em 31/10/2009
Reeditado em 31/10/2009
Código do texto: T1898064
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