Frio...

Do frio do mundo me escondia

me isolava

mas ouvia suas vozes incessantes em algum lugar dentro de mim.

Os dias passavam mudos e calmos

dentro de uma turbulência inexorável.

E um frio de uma frieza inexplicável!

Nada novo, tudo de novo

no entanto,

o tudo parecia longe, muito longe de um renovo.

O frio chegava do fim do mundo

sem o brilho do sol lá no fundo.

Acordando de pesadelos

sonhando outros sonhos

que eram levados por não conseguir vivê-los.

O vento chegava varrendo a esperança

o que fosse bom ou ruim

mas não levou o desejo de ver a bonança

que tudo fosse muito bom no fim.

A saudade, às vezes, chegava!

Uma saudade não do tempo vivido

mas de algo que pelo ar vagava

uma razão para ainda ter sorrido.

O frio ainda chega com o vento calmo e tranquilo

e

mesmo isolado,

as suas vozes ainda soam, mesmo silenciosas e misteriosas

deixando tudo vazio ao lado

mas as sensações são, dentro de mim, sempre as mais generosas!

Khall Alves
Enviado por Khall Alves em 16/08/2011
Reeditado em 27/08/2014
Código do texto: T3163872
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