De viver e morrer

Resta aos mortos depender dos vivos, para viver.

Eles chegam de quando em quando, inesperados,

em memórias,

imagens lusco-fusco.

Se me lembro de festas e viagens,

percorrendo com minha amiga pequenas cidades

antigas,

conhecendo a casa do Bandeirante,

entrando em igrejas escuras,

não vou negar, fico triste.

Ainda não sei se por ela, se por mim,

se por nossa (perdida) juventude.