...Desventura!
Ardia uma estranha loucura
Nos dias perdidos deste agora
De um eu que não se quis
Perenamente sereno,
Outrora.
Audacioso e voraz
Sorveu inesperada desventura,
Por vezes ofertada
por deuses desalmados!
Fiavam-se na eternidade
Que reivindicam os amantes
Sem conceber, talvez,
em lucidez, a realidade?
Desarmará-se à entrega insana
de um fogo descomunal que lhe ardeu
No peito, queimando paixão?
Tal sentir,
No entanto,
Negaria-lhe
Qualquer ventura!
E, morrendo,
No calabouço do corpo,
Aquele eu...
- antes tão vívido em expressão -
...Sobrevive, hoje,
na insaciável sede
De identidade de alma,
Assombrosamente desperto!
Liliane Prado
(Exercício Poético)
Ardia uma estranha loucura
Nos dias perdidos deste agora
De um eu que não se quis
Perenamente sereno,
Outrora.
Audacioso e voraz
Sorveu inesperada desventura,
Por vezes ofertada
por deuses desalmados!
Fiavam-se na eternidade
Que reivindicam os amantes
Sem conceber, talvez,
em lucidez, a realidade?
Desarmará-se à entrega insana
de um fogo descomunal que lhe ardeu
No peito, queimando paixão?
Tal sentir,
No entanto,
Negaria-lhe
Qualquer ventura!
E, morrendo,
No calabouço do corpo,
Aquele eu...
- antes tão vívido em expressão -
...Sobrevive, hoje,
na insaciável sede
De identidade de alma,
Assombrosamente desperto!
Liliane Prado
(Exercício Poético)