EMPACOTAMENTO DA ALMA

As pessoas andam tão indiferentes

Embrutecidas pela correria das cidades

Que com suas mandíbulas de ferro

Mastigam sem piedade toda solidariedade.

As pessoas andam automatizadas

Na mesma direção parecendo robô

Na verdade são frágeis e vulneráveis

Presas nos tentáculos do mostro do desamor.

As pessoas vivem em lamentos nas tetas do medo

Com o egoísmo corroendo, asfixiando a calma

As máscaras se multiplicam diante dos olhos da morte

Aumentando assim a necessidade do empacotamento da alma.

sevlas
Enviado por sevlas em 25/07/2016
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