Universo paralelo

Meu corpo

é o satélite

de meu espírito

Em ebulição

Em delírio

Surto

Em convulsão

Minha voz ecoa

Pelo espaço tempo

De meu quarto

Minha alma

é meu sol

Eu sou girassol

Vago pela galáxia

Sou o mensageiro

entre aqui

e o universo

Paralelo

Onde a gravidade

Mantém minha consciência

em órbita dos escombros

das adversidades

Aqui o tempo

É relativo

E a verdade surreal

Desta cósmica

realidade atípica

Dentro das diabéticas

do mundo finito

Somos sintomas

De uma existência

Degenerativa

Em osmose

com o caos

Em rotação

e translação

Entre as matérias finitas

E as almas eternas...

Experiência cataclísmica

E visceral de ser

e existir

Em um surto

De identidades

Em uma mesma

Realidade tentando ser ímpar

Dentro desta brisa

Que é a mente nebulosa do poeta!

Por Alexandre Samambaia