Alecrim

Supimpa lembrança

Em mim despertou,

Onde eu era criança.

Em seus braços erguida

Eram tempos de paz.

Mas as águas fluindo

A vida passam pra trás.

Alecrim derramado.

Frescor por detrás

Daquele jeito folgaz.

Azeitona mirrada,

Óleo fino a fez.

Eco alegre escutado

Refez o brilho da tez.

Laços sempre contados

Pululam, abrem a vez

A quem míngua num dia

Todo o perfume do mês.

Alecrim derramado

Naquele jeito folgaz,

Em muitas mãos espalhado.