É preciso ter tempo
É preciso ter tempo
P’ra falar das andanças,
P’ra olhar a paisagem,
A nascente do rio
Pra ver romarias
Das aves que vão,
Procurando pousada
Em outra estação.
É preciso ter tempo,
Andar ao arrebol,
Caminhar lentamente
Pelas pradarias,
Sentindo na face
Os rasgos do sol.
É preciso acreditar
P’ra se ter esperanças,
Saber que o arco-íris
É marcas da aliança.
E no galopar do minuano
Forte e seguro,
Das utopias
Derrubar-se os muros.
Romper as barreiras
Da incredulidade,
E num rancho de paz
Matear liberdade!