" PLURAIS "

Uma interrogação assaz atroz ora me assola.

Uma questão que perpassa,

Por dicotomias transcendentes, embasamentos cíclicos.

Afinal, em seu corpo eu me acho ou me perco?

Até que ponto a paisagem que te envolve envolve a mim também?

Queria eu nos sinestesiar, moldar,

Para além dos sentidos,

Que nos tornam ser.

Ser teu... Ser meu... Ser nosso!

Ao ponto de ambos um ser, um ser do outro,

O outro do ser.

Uma consubstanciação indivisível, inseparável, una.

Eu não sem você, você não sem mim, siameses,

Até o fim.

PauloPeterPoeta

Paulo Bonfim Campos

13 / ABRIL / 2018