Maiakóvski

Ficava ali, aquietado num canto da sala, cuidando dos meus poemas. Não tirava os olhos deles. Era uma luta desigual, uma força bruta que tentava arrancar de mim, sem dó nem piedade, aquelas folhas velhas e amassadas, que um dia rabisquei e guardei com tanto zelo e medo. Ah! Sou um teimoso, sou como aquela vaca velha que insiste em atravessar a cerca a todo custo. __ O pasto do outro lado é sempre mais apetitoso!

Pensando bem, foi com Maiakóvski que aprendi a lição: se for preciso, faça o verso por sessenta vezes.

Ainda bem que não sei contar… me perdoe!!! Ficava ali, aquietado num canto da sala, cuidando dos meus poemas. Não tirava os olhos deles. Era uma luta desigual, uma força bruta que tentava arrancar de mim, sem dó nem piedade, aquelas folhas velhas e amassadas, que um dia rabisquei e guardei com tanto zelo e medo. Ah! Sou um teimoso, sou como aquela vaca velha que insiste em atravessar a cerca a todo custo. __ O pasto do outro lado é sempre mais apetitoso!

Pensando bem, foi com Maiakóvski que aprendi a lição: se for preciso, faça o verso por sessenta vezes.

Ainda bem que não sei contar… Me perdoe!!!

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 27/02/2024
Reeditado em 25/03/2024
Código do texto: T8008145
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