Faz escuro... e eu?

Faz escuro, mas eu canto,

como dizia meu poeta Thiago

"Faz escuro aqui dentro, meu Mago"

Mesmo que o sol da esperança

bronzeie o adormecido gigante criança.

Faz escuro, no entanto há música entre as palmeiras

E não sou a ouvinte primeira

do canto do sabiá.

Houve quem ouvisse o canto

mesmo estando ainda longe

Da terra de mais estrelas.

faz escuro mas eu canto

A fiel democracia

a canção, poesia, melodia

Que me enxuga o pranto

Faz escuro e eu espero que em mim renasça

o canto dos sabiás

a oração do pastor, da freira, do sacerdote,do monge

e o lufar das velas...

Faz escuro Thiago

Meu Mello, meu mago

Faz escuro ente as palmeiras

mas, sossegue, ainda há sonhos

e uns poucos sabiás.

( Meus sentimentos, lembranças de vários cárceres e de dois poetas)

Elisabeth Lorena Alves
Enviado por Elisabeth Lorena Alves em 17/04/2009
Reeditado em 28/04/2015
Código do texto: T1544295
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.