Dos filhos deste solo

"As suas várzeas têm mais vida...

Nossa vida mais amores...

Os limpos campos, límpidos como o teu povo.

As tuas auroras e minúcias são reflexos de um novo;

São margens plácidas de rios que têm sede...

Retumbante! Heróico e brado, esse é teu símbolo, vede!

Mãe bravia e senhoril, de amarguras também...

Mãe de espírito servil que nos amamentastes recém!

Se te damos desgostos, perdoa-nos.

Se não pensamos em teu risonho céu,

fazemos com que agora a imagem do Cruzeiro Resplandeça!

Nem que tarde demais...

Nem que triste demais...

O nosso remorso é por não termos

reconhecido o quão importante és...

E termos desmatado, trucidado e tirado a fertilidade

Debaixo de nossos próprios pés.

Ó pátria amada!

Agora não adianta mais cantar

Já é tarde e tempo de chorar...

Chorar pelo desmazelo, pela luxúria, pelo descaso e pelas dores...

Murmurar pelo perdido: "Teus risonhos lindos campos TINHAM mais flores..."

Andrea Sá
Enviado por Andrea Sá em 18/05/2006
Reeditado em 02/06/2006
Código do texto: T158333