País Escuro

Meu agora País escuro

Meu vazio

Minha crítica e auto-crítica

insônia de sempre

tipo um quarto

ladeado de cobranças

Meus restos escuros

meu dilacerado mundo

Meu estilhaçado coração de vidro

resplandece em cacos

enfumaçando em cinzas

atravancadas num frasco

Despedaçado!

Meu farto país

Coberto de crises

Ouço teus restos

Escuto teus olhos

Tão distante e inconstante...

Como, degluto o infinito espaço.

Meu País escuro

Buscando estrelas

Contando cometas

Deitado na noite

... úmido de frio ...

Rose de Castro

A 'POETA'

Rose de Castro
Enviado por Rose de Castro em 19/06/2006
Código do texto: T178674