Isabel
Eu ouvi a voz de Isabel,
Dentro da prisão temerosa!
Era branda e pungente, era bela:
Suave e garbosa!
Bela Isabel destas gentes
De sangue e de honras e tronos!
De reis e rainhas, de flores,
De bondade e maldade inocentes!
Juntemo-nos à tribo esquecida,
Às ternas ilusões das lembranças,
À Lua dos sonhadores amantes,
À Lua de Isabel!
Ah, meu Cruzeiro do Sul,
Meu céu de estrelas sem par:
Negro e profundo!
Brilha teu sonho azul
Nas guirlandas de Iemanjá,
Nos olhos de Pedro II!
Minha cândida Isabel,
Reúne nossos patrícios
E cuida de nossos libertos
Na terra e no Céu!
Deus abençoe e olhe
Pelo Brasil!
Deixai! É o povo que escolhe
Ser ou não ser: servil.