Devassidão
O intenso foguetório anuncia
Tolhido o povo caminha
Por um quinhão estandartes carregaram
Flâmulas agitam
A apreensão a todos incorporará
E indecisos ficarão sem saber
Qual será o melhor caminho
Silenciar ou gritar
O grito já ecoou e tão pouco alterou
Famélico o povo continuou
O silêncio poderá ressuscitar
A veemência a que disto está
Moralidade ficam a pedir
Mas, eis que falta a sinceridade no olhar.
E amordaçando a multidão
Da bainha tiram a espada para silenciar
Aqueles que por justiça clamam
Pelo labor que falta
Por impostos justos
Por homens virtuosos
Que o desigual possa ser igual
Que a liberdade seja o direito de fiscalizar
A palavra Excelência não se torne tão vulgar
E quem delatar não seja o primeiro a crucificar-se
Não importando quem o poder na bainha tenha
Não hei de silenciar
E neste dia sempre haverei de gritar
Dignidade, Dignidade, Dignidade...