Exílio
O cheiro de terra molhada
Vem de onde se esconde a doçura
Na campina ensolarada
Escondem-se belas criaturas
O esbravejar do céu, em dias de chuva,
Contrasta com o som do mar sereno
Brincam de roda as borboletas
Nesse crepuscular ingênuo
E vão se as lembranças da pátria amada
Como folhas soltas ao vento
A imagem da terra adorada,
Aqui fica, abandonada ao relento
Aqui não há a beleza que se encontra lá
Aqui somente há a cruel realidade
Lá tudo é uma doce canção de ninar
E aqui fica, da Pátria, a saudade.