TRISTES TRÓPICOS

Tristes Trópicos

Vivemos nós

Em tempos eufóricos

Como caças de um lobo feroz

E da súcia inteira

De nações poderosas

Somos como rameiras

Entregando pedras preciosas

Para o Bando do Norte

Que tudo faz pelo ouro

Não temem nem a morte

Na busca do pátrio tesouro

Qual será nossa sina?

Seremos um deserto sem voz

Ou como uma pobre messalina

Vítima de um cafetão tão atroz?

Nossas riquezas ocultas

Na epiderme gentílica

Jazem como sementes e frutas

Que saciam a fome metálica

Dos reinos soberanos

Que cravam suas garras felinas

Em nosso solo soberano

Como aves de rapina

O ouro, o ferro e o manganês

Jã não nos pertencem mais

Do rico americano ao nobre chinês

- Nossa pobreza tanto faz

É hora de acordar o gigante

Do povo que jaz adormecido

Sem coragem de levar adiante

O grito de guerra esquecido

Vamos, Brasil, e avante!!

Requerer o que nos foi tomado

E levado para outro quadrante

Os frutos de nossa Pátria tirados.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 14/03/2011
Reeditado em 18/03/2011
Código do texto: T2847127
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