CÂNTICO DE MANIFESTO (Não e Não ! A divisão do Pará)

I
Como vibra meu peito por ti ó Pará !
És forte, grandioso com tuas florestas
Na flora, os pássaros fazem festa
És a estrela no alto da bandeira, a brilhar.
Tua fauna é colossal por todo lugar.
Já foste vice-reinado imponente
Do Grão-Pará historicamente.
És nosso orgulho, pela tua vastidão
Temos gravado no peito teu brazão
És o guerreiro altivo da tua gente.

II
Agora querem neste ardil
Dividir em três partes teu corpo
E deixar-te só um esboço
Apagar o que sempre existiu.
Para encher os alforges e cantil
Dilacerando teus minérios
Desvendando teus mistérios
Lançaram essa ideia que partiu.
De um jogo de interesse que surgiu
Deixando de lado o que é sério.

III
O que é sério? É a Saúde, a Educação
E a Segurança. Não é o bolso encher
De mais políticos. Não é deixar padecer
A família, por emprego do seu ganha pão.
Não é ficar o Futuro sem ter lição
Não é viver em casa aprisionado
Não é querer ver o irmão despejado
Sem casa, sem remédios, dormindo no chão.
Não é tirar do meu bolso, o único tostão
E da Nação, o que já é parcos, ser esvaziado.

IV
Porque não criar uma nova história?
Com consciência política empenhados
Com os desejos da população, lado a lado
Fazendo deste Torrão um lugar de vitórias.
Trazendo aos municípios benefícios e glória
Sem precisar dividir nosso chão.
É só arregaçar as mangas e unir as mãos
É trabalhar pelo povo indo à luta!
É lutar sem demagogia, sem força bruta
É ter coragem de assumir sua missão!

V
È trazer recursos para o nosso Estado
Que é cheio de riquezas, mas tão pobre!
É não deixar levar nosso cobre!
Por mais senadores, vereadores e deputados.
É o gestor de cada município entrelaçado
Ao governo para lutar com democracia.
Na assembleia votar projetos sem utopia
Engrandecendo nossa terra, nosso gente.
Somos um Estado independente
Que façam jus ao nosso voto a cada dia!

VI
Se dividir onde ficará o rio Tapajós
No encontro das águas?
Onde o rio Amazonas deságua?
Não há nossas reservas após
Dividirem nossas serras. Ai de nós!
De Carajás? Não teremos nada.
Nada há... A terra foi separada.
No teu corpo... Só lamento
Foi-se tudo aos quatro ventos.
E não pouparam a pátria amada!

VII
Onde nossa hidrelétrica ficará?
Sem energia é que ficaremos?
Pagando alto preço estaremos?
Perguntas que ficarão no ar...
Pensais antes de votar!
Viveremos "a ver navios”
Ficarão até com nossos rios.
Sabeis ó povo que a tua decisão!
É a chave que tens na mão
E que deixarão, só imposto para pagar.

VIII
Ó Pará tu és gigante no teu porte!
Teus filhos não fogem da luta!.
Que tua estrela brilhará à altura!
Porque és Tu imbatível no Norte
No coração é fogo que arde forte!
Lutaremos por tua grandeza
Ergueremos tua bandeira!
Ela será o clarim nesta batalha
Na nossa casa, no peito, ela se espalha
Nas ruas, balouçando altaneira.

IX
Brademos! Para que seja ouvido!
Por todo recanto do nosso Pará
Unamos nossas vozes no ar
Que a alma de cabano seja sentido!
Na força da bravura que está erguido
Em nosso hino. E seja ele o grito!
Que se estenda até o infinto!
Num apelo que se faz presente.
Avante! Avante! Ó paraenses!
NÃO E NÃO!À divisão! No plebiscito!

Autora: Angela Pastana... poeta paraense.
Belém, 01/09/2011 – 00h45





Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 04/12/2011
Código do texto: T3371826
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