Basta...

É o meu povo que grita,

nesta luta desigual…

Na pequenez a desdita,

de ser tratado tão mal.

Basta…

Luxúria dos governantes,

à pobreza deste povo;

Essas promessas sonantes,

sonhou-se num homem novo.

Basta…

O Luso peito diz basta,

não quer mais, ser enganado;

Pois a verdade o afasta,

do seu ideal sonhado.

Basta…

Digo basta… e grito eu,

com fome envergonhado…

Apenas quero o que é meu

e me está a ser roubado.

Basta…

Vossos erros o povo paga…

Os ricos dão o que sobra;

Os pobres é triste saga,

o que o estado lhes cobra.

Basta…

Há fome em Portugal

e a miséria também…

Não vêem que fazem mal,

tirar o que o povo tem?

Basta…

Políticos… nobre casta,

de golpes enriquecidos.

Chegou a hora… já basta,

de estar-mos adormecidos.

Basta…

Grita o meu Portugal,

peito sempre nobre e puro,

não roubem mais, porque é mal

e destrói nosso futuro…

Basta…

De escolas a acabar…

De crianças desvalidas…

Sem futuro para sonhar…

Doentes, mal são paridas.

Basta…

Basta é o meu grito agora,

não tirem o que nós temos.

Olhem… chegou a hora,

desta verdade saber-mos.

Basta…

Sou o velho do RESTELO,

tenho pulmões para gritar;

O branco do meu cabelo,

diz-me… Não vai continuar…

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 19/01/2007
Código do texto: T352711