Actualidade...
Tal como a maioria
sou mais um sobre vivente dos ventos de guerra e oportunismo
mais um daqueles que choram
mas usando lágrimas arquitectadas por outros.
como qualquer real e honesto,
amo a felicidade e a paz.
mas ultimamente,
infelizmente vivo sempre abandonado por elas!
sou mais um daqueles homens que vive como rei
num reinado de escravos!
que tenta se sentir confortado e iluminado,
mas vive uma VIDA rodeado de escuridão!
que sonha alto
mas não tem ainda nem um grau de milho
e vê o seu caminho tanto acarreta brilho,
a cada dia vou presenciando o tecto do meu futuro sendo destruído.
tento quando agir,
mas só o consigo de longe
e de braços cruzados.
Sou mais um daqueles que por motivos alheios enfrenta o dia só pela esperança de alcançar o próximo.
Tal como tu,
de noite só vivo pesadelos.
o anormal para mim também virou normal.
Cai uma lágrima quando lembro me que a pouco tempo a noite jogava função terapêutica.
tranquilizava o coração
livrando-o das decepções que a vida fornecia durante o dia.
era um momento de encontro com os sonhos,
e de maneira magica nela arquitectava meus desejos e metas para o dia que seguia,
e servia como depósito das minhas magoas!
sufoca-me bastante lembrar me que não é muito o tempo
que me separa do momento em que a noite cantava o silencio e a tranquilidade que inspirava o poeta a escrever para o amanha,
como também inspirava e motivava a mente responsável a balancear e reflectir nas batalhas da vida.
A catorsinha,
via nela uma chance de dar a liberdade a sainha
que vivia embrulhada durante o dia.
e o homem?
esse mesmo na fome
mesmo sem tecto seguro
impulsionavam os lucros das barracas consumindo bebedeiras.
E hoje o que acontece a noite?
Os factos responderam por se quando o dia amanhecer!
Mas nem com isso,
continuo flutuando no meio dos obstáculos,
mesmo sem aplausos,
nem tributo pela persistência e insistência no jogo!
tal como a maioria dos moçambicanos
ou melhor, mundanos em geral
já não me lembro do dia em que vive bons momentos ,
a não ser tempestade de falsas ideias que a cada dia transladam o coração do pulmão para a mão.
os meus dias ultimamente se resumem em stress na mente,
mas antes de qualquer que o Deus me de nova missão e me tire a aliança com a terra,
continuarei depositando confiança no amanha.
e em cada batimento do meu coração expulsarei o sofrimento e o desespero
e em troca buscarei em cada alma risadas
e as compartilharei de forma cruzada
sem precisar passar por palhotas
e continuarei herói da minha vida em episódios privados
e não privados.
cambiando o vento de solidão e saudade do passado no resgate do arco íris da felicidade futura.