BRASILBÓLIA 16, ENTRE A ESPADA E A PAREDE
Em Maués da Amazónia, algures na floresta,
O luso comandante da esquadra generosa
Sentiu na própria pele o acto que lhe resta
Que é este: o apostar cartada belicosa.
Para Manaus qual o percurso a arriscar?
O da Espada que é mesmo para empunhar.
A valorosa opção, destinada a decidir,
E com a qual não dá para retroceder,
É ir à luta com a flama a refulgir
Contra a dura legião e procurar vencer.
Este é o voto, este é o modo, esta é a sede
Do nosso capitão entre a espada e a parede.
Em resultado desta vaga em convulsão,
Vai corpo à vela com a alma destemida,
Cruzar as armas com aquela precisão
Conjugando energias, no peso e na medida.
Mãe-d´ Água puxa Excalibur bem afiada
Gerando a crença duma esperança reforçada.
Lídimo timoneiro, intrépido combatente
Suporta esta batalha em luta bem tenaz,
Com olhos postos neste brilho à tua frente
Dando exemplo à lusa esquadra e a Galaaz.
Se este é o destino joga a fama e a estratégia
Que a protecção terás da diva Vitória-régia.
No palco magistral desta Amazónia Arena
Importa pôr de lado os negros desvarios
Pois um confronto honesto vale sempre a pena
Quaisquer que sejam os humanos desafios.
Força, briosos Tugas, usai vossos talentos
Que para isso tendes firmes argumentos!
Frassino Machado
In A MUSA DOS ESTÁDIOS