BRASILBÓLIA 16, ENTRE A ESPADA E A PAREDE

Em Maués da Amazónia, algures na floresta,

O luso comandante da esquadra generosa

Sentiu na própria pele o acto que lhe resta

Que é este: o apostar cartada belicosa.

Para Manaus qual o percurso a arriscar?

O da Espada que é mesmo para empunhar.

A valorosa opção, destinada a decidir,

E com a qual não dá para retroceder,

É ir à luta com a flama a refulgir

Contra a dura legião e procurar vencer.

Este é o voto, este é o modo, esta é a sede

Do nosso capitão entre a espada e a parede.

Em resultado desta vaga em convulsão,

Vai corpo à vela com a alma destemida,

Cruzar as armas com aquela precisão

Conjugando energias, no peso e na medida.

Mãe-d´ Água puxa Excalibur bem afiada

Gerando a crença duma esperança reforçada.

Lídimo timoneiro, intrépido combatente

Suporta esta batalha em luta bem tenaz,

Com olhos postos neste brilho à tua frente

Dando exemplo à lusa esquadra e a Galaaz.

Se este é o destino joga a fama e a estratégia

Que a protecção terás da diva Vitória-régia.

No palco magistral desta Amazónia Arena

Importa pôr de lado os negros desvarios

Pois um confronto honesto vale sempre a pena

Quaisquer que sejam os humanos desafios.

Força, briosos Tugas, usai vossos talentos

Que para isso tendes firmes argumentos!

Frassino Machado

In A MUSA DOS ESTÁDIOS

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 22/06/2014
Reeditado em 22/06/2014
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