BRASILBÓLIA 27, EPÍLOGO 2014
O que dizer destes eventos estimulantes,
O que concluir deste desfile de vaidades,
O que resultou das ilusões recalcitrantes
E do inglório império das iniquidades?
Epílogo, só um, por demais denunciador:
O jugo do Capital pairando ameaçador.
A ameaça do desprezo das Instituições,
A ameaça dos princípios nunca respeitados,
A ameaça do controle das leis e convenções,
A ameaça imoral das mentes esvaziadas.
Sim, o maior destaque desta conjuntura
É a queda do desporto-rei na incultura…
Na confluência da sua afirmação real
Nenhum sincronizar entre fracos e fortes
Nem sequer a harmonia do próprio historial
Demonstram algo de um sentido com suportes.
O saldo social e o peso das contendas
Esses, por certo, ficarão para as calendas.
Deste Brasil à Rússia quatro anos se vão
Num curso d´ águas sob pontes a correr
Mas, todavia, não haverá outra razão
Que faça jus da alma humana preencher.
Tu, ó Brazuca, as vãs paixões cimentarás
E tu, Foleco, em pé descalço continuarás!
Frassino Machado
In A MUSA DOS ESTÁDIOS